terça-feira, 6 de agosto de 2013

Gujo Teixeira

 
Fotografia: Eduardo Rocha


"Escrever é um dom, uma técnica, um momento em que a realidade é contemplada com olhares atenciosos". Para que tu conheça mais sobre o dom de Gujo Teixeira, suas raízes, influências e curiosidades o Bazar Gaúcho resgata uma matéria da 4ª edição da revista Ronda Gaúcha.


Ronda Gaúcha: Para você escrever música é?
Gujo Teixeira: Escrever é a maneira que encontrei de contar as coisas que eu sinto e vejo, uma forma de desabafo, uma condição de expressar sentimentos e contar as cenas que vejo, à minha maneira, do modo que vejo e percebo certas coisas, talvez não as mesmas que muitos veem, mas com simplicidade e verdade. 

Ronda Gaúcha: Quando começou a escrever?

Gujo Teixeira: Lá por 89, 90, comecei a fazer umas escritas em forma de verso... Mas a maioria dessas ficaram nas gavetas (ainda bem) pelo pouco conteúdo que tinham.

Ronda Gaúcha: Quantas músicas, em média, existem de tua autoria?

Gujo Teixeira: Acredito que já tenho umas 350 letras musicadas e gravadas e em 22 anos de escrita devo ter uns 500 versos, não é muito pelo tempo passado, deve ter uns 20 por ano...

Ronda Gaúcha: Quem são, na tua opinião, os maiores escritores da música gaúcha que já existiram? E os da atualidade?

Gujo Teixeira: Dos que se foram, sempre gostei de Aparício Silva Rillo e do Jayme Caetano Braun, nos quais sempre encontro a poesia da maneira que gosto de fazer, uma clareza e o outro pelas metáforas, e os dois pelo regionalismo puro... Da atualidade, gosto de alguns, dentre eles o nome de Rodrigo Bauer se destaca nas suas escritas verdadeiras e com muito conteúdo.

Ronda Gaúcha: Qual o segredo para uma boa escrita?

Gujo Teixeira: Acho que não existe segredo, ou se tem, talvez, eu não saiba, mas acredito que se colocarmos nela verdade, certamente ela já sai com bastante conteúdo, e digo verdade no sentido de falarmos de coisas que tenhamos propriedade no dizer. Sentimento, emoção e um bom conteúdo a se escrever também fazem parte desse contexto.

Ronda Gaúcha: Qual o melhor momento para escrever?

Gujo Teixeira: Quando se está de coração aberto, de bem com a vida, o silêncio para mim é necessário. 

Ronda Gaúcha: Quais as diferenças e semelhanças que tu vês nas letras atuais em comparação com as antigas?

Gujo Teixeira: Acredito que atualmente existe bastante gente conversando co a finalidade de participar de eventos, e isto para mim tem tornado a poesia menos trabalhada, menos pensada, mas às pressas, e isto para mim compromete um pouco o seu conteúdo... Antigamente a poesia era mais natural, me parece assim...

Ronda Gaúcha: Qual a dica para quem deseja começar na escrita de músicas?

Gujo Teixeira: Leitura sempre, antes que querer ser um escritor, e seja um leitor, adquira subsídios para a sua escrita, ninguém vai contar palavras se não as  conhecer...


Paulo Henrique Teixeira de Sousa, conhecido pelo nome artístico de Gujo Teixeira é um músico, compositor e pecuarista gaúcho...
Gujo estudou na UFSM, onde formou-se técnico agrícola e, mais tarde, em medicina veterinária.
Reside no interior de Lavras do Sul, onde escreve seus poemas, músicas e livros. Dedica-se também a produção pecuária e exerce a profissão em sua propriedade rural.

Entrevista extraída da revista Ronda Gaúcha.
Obras do poeta Gujo Teixeira tu encontras em nossa loja



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