sexta-feira, 19 de julho de 2013

Um pouco mais de Elton Saldanha

Fonte: Site Oficial Elton Saldanha

Elton Saldanha natural de Itaqui, região sul do estado, é cantor e compositor de música nativista. Recentemente adicionamos em nosso rol de produtos o CD "Rio Grande Tchê", o disco mais recente do artista. Para dar entrada do artista em nossa loja resgatamos uma entrevista concedida ao blog Somos do Sul, onde Elton mostra detalhes de sua trajetória e sua visão sobre vários assuntos.


Somos do Sul: Elton, você sem dúvida é um dos artistas mais reconhecidos e admirados do sul do país. Além das belezas naturais do Rio Grande, a gente, a cultura e a terra como fonte de inspiração, quais são suas influências na esfera musical? Que outros músicos e artistas gaúchos você admira ou cresceu ouvindo?
Elton: Os músicos de referência que sempre escutei: Gildo de Freitas, Teixeirinha, Transito Cocomarola, Os Bertussi, José Mendes, Noel Guarany, Jayme Caetano Braun e os 3 Chirus. Dos artistas gaúchos contemporâneos tenho admiração por : Os Mirins, Érlon Péricles, Pirisca Grecco, Renato Borghetti, Rudi y Nini Flores , Yamandu Costa, Raulito Barbosa, Shanna muler, Os Serranos, Soledad Pastorutti, Família Guedes, Os Angueras, Cezar Oliveira e Rogério Melo e Joca Martins. E os poetas, Tadeu Martins, Anomar Danúbio, Nico Fagundes, Rillo, Retamozo, Colmar Duarte, João Sampaio, Mauro Ferreira e José Stivalet.
Somos do Sul: Gaúcho por excelência, nascido filho do pago, como você vê a importância de valorizar a tradição para se manter a força da identidade cultural de um povo?
Elton: A IDENTIDADE é tudo que temos, ela nos forma e mantém como povo. Sem ela não haveria reconhecimento. É nosso documento maior. Ser gaúcho é mais importante que viver.
 Somos do Sul: Na sua opinião, qual a importância dos CTG’s no Brasil e no mundo afora para reunir a comunidade gaúcha, resgatar e perpetuar os valores da tradição? 
Elton: Os centros de tradições Gaúchas sempre foram peças fundamentais para a difusão e manutenção da organização de pessoas em torno da nossa cultura. Eles poderiam fazer ainda mais pelo resgate colocando à disposição da comunidade pesquisas e obras para auxiliar no conhecimento e aprendizado sobre a cultura gaúcha.
Somos do Sul: O gaúcho é um povo musical por natureza. Uma gente que sabe a hora de trabalhar, de descansar proseando e tomando um mate e se divertir num fandango. Como você define a importância da música no universo cultural do gaúcho? 
Elton: Música é a trilha sonora que marca definitivamente tudo que acontece. Sem música só o silêncio. A nossa música evoluiu muito, tendo cantorias e trilhas para tudo que se quer expressar é só abrir a cordeona ou dedilhar um violão!
Somos do Sul: Como os festivais de música realizados no Rio Grande estimulam a valorização da cultura e da música gauchesca?
Elton: Os festivais vieram para possibilitar pessoas que ainda não tinham acesso a mídias, produção e divulgação da musica gaúcha. Serviu ainda para que pequenas comunidades tivessem contato com artistas consagrados e jovens iniciantes e estes aprendessem com o povo do interior. Foi uma mútua interação musical e cultural e sobretudo uma cumplicidade para a resistência e consagração da nossa musica.
Somos do Sul: Fale da sua participação nas cavalgadas, realizadas em prol da integração, da confraternização e da preservação dos costumes gaúchos?  
Elton: As cavalgadas são um retorno aos eventos épicos da equitação gaúcha pois os homens dos cavalos estiveram nos momentos mais importantes da História da Humanidade. O cavalo foi estratégico em conquistas territoriais e políticas, e hoje identifica homens de princípios radicais em nossa cultura, homens á cavalo estão sempre um pouco acima da média de avaliação, vêem o mundo de cima do lombo de suas montarias. Pertenço ao grupo dos CAVALEIROS DA PAZ, confraria que comemora 20 anos de cavalgadas internacionais. Já percorremos territórios do URUGUAI, ARGENTINA, CHILE , BOLÍVIA, PARAGUAI E PORTUGAL , e ainda quase todos os estados do Brasil. Em 2010 fizemos a cavalgada do Fim do Mundo, em Ushuaia e Calafate na Patagônia Argentina e agora em 2011 em julho vamos cavalgar no Canadá em British Columbia e Yukon na fronteira do Alasca.
Somos do Sul: Você tem notado um movimento, ou uma certa tendência das novas gerações em se resgatar o orgulho de ser gaúcho e valorizar mais as origens, as raízes e a tradição?
Elton: Eu participo de cavalgadas desde os anos 80 quando junto com Antonio Augusto Fagundes e Rodi Pedro Borghetti começamos um movimento que resultou na criação dos Cavaleiros da Paz. À partir destas cavalgadas incentivamos vários grupos que aí estão divulgando e participando destes eventos. Ainda sou membro de mais alguns grupos destas atividades, Cavaleiros sem fronteiras , cavaleiros de Niterói, Cavaleiros da Amizade e TAPE a Tribo do pé no Estribo.
Somos do Sul: Na sua opinião, qual o papel da mídia, seja ela eletrônica ou escrita em divulgar a cultura gauchesca ou de reunir comunidades que ostentem o orgulho de ser gaúcho e difundir a tradição?
Elton: A mídia sempre foi fundamental na divulgação, pesquisas e afirmação da nossa identidade. Sou músico e jornalista, estas duas profissões fazem a comunicação entre o que se aprende de forma oral e literária para o que se vai por à disposição da comunidade. Escrever, cantar, falar, pesquisar, sem mídia ainda estaríamos tentando descobrir o que realmente somos.
Somos do Sul: Por falar em mídia, fale sobre sua participação nas minisséries “O tempo e o vento” e “A casa das Sete Mulheres”. 
Elton: O TEMPO E O VENTO, obra definitiva de Érico Veríssimo e levado às telas do cinema e do vídeo pela Rede Globo. Esta série que mostrou ao Brasil toda riqueza e história épica do Rio Grande do Sul foi uma oportunidade ímpar para nos afirmar e conquistar admiração por nossa historia e nossa cultura. A Casa das Sete Mulheres também serviu muito a este propósito. Ter participado destes dois eventos foi um aprendizado muito importante.

Site Oficial Elton Saldanha aqui.
CD Rio Grande Tchê em nossa loja.





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